Leitura do Mês:

Bela Cozinha – As receitas



Bela Gil vai além das dicas culinárias e convida os leitores a uma reflexão sobre hábitos alimentares e mudanças simples que fazem a diferença.

Contrariando o mito de que comida saudável é sem graça, Bela Gil mostra que é possível se alimentar de forma equilibrada, privilegiando ingredientes naturais, sem perder o sabor. Bela cozinha – as receitas ensina a fazer 50 pratos deliciosos, alguns apresentados em seu programa no GNT e outros selecionados especialmente para esta edição. As receitas são divididas em categorias: sopas e mingaus; legumes e folhas verdes; petiscos; dia-a-dia; molhos e sobremesas. Independente das suas preferências, você encontrará algo para satisfazer seu apetite.  

Todas as receitas são acompanhadas por um comentário, no qual Bela detalha as propriedades dos ingredientes. Algumas são exclusivas para este livro, como bolinho de arroz integral, falafel e canja de galinha caipira. Além do preparo de cada prato, você descobrirá que a couve é rica em antoxidantes e ajuda na desintoxicação do organismo, que o feijão-fradinho é muito rico em ferro e cálcio e, assim, poderá incorporá-los a outras receitas, tornando sua dieta rica em nutrientes. 

Além das informações de rendimento e tempo médio de preparo, você encontrará ícones que sinalizam se a receita é vegana, vegetariana ou sem glúten. No entanto, Bela defende o equilíbrio, e não deixa de fora receitas com carnes e até mesmo frituras, como tempurá de legumes. “Acredito que todo tipo de comida feita em harmonia com a natureza tem seu valor e lugar na dieta. Critério, respeito e consciência são a chave para uma boa alimentação”, explica a autora.

As sobremesas são um exemplo de que a vida pode ser doce sem açúcar refinado ou adoçantes. Faça bolos com farinha integral, musse de chocolate com melado de cana, cookies integrais. “Uma vez que a pessoa ganha consciência alimentar, pode fazer qualquer receita, porque sempre vai achar um jeito de adaptá-la à sua própria necessidade”. 

Mais do que um livro de receitas, Bela Cozinha convida à reflexão sobre nossos hábitos alimentares e traz dicas sobre como pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença. 

Onde encontrar: http://glo.bo/1FCg7Ys


Sobre a autora



Bela Gil descobriu a prática de yoga na adolescência e passou a se interessar pelos benefícios físicos e mentais da culinária saudável. Aos 18 anos se mudou para Nova York. Tendo que cozinhar e querendo manter uma vida saudável, Bela resolveu se aprofundar no mundo da culinária e nutrição. Estudou Culinária Natural no Gourmet Institute e formou-se em Nutrição e Ciência dos Alimentos pela Hunter College. De volta ao Brasil, tornou-se apresentadora do programa “Bela Cozinha”, exibido pelo canal GNT, que está em sua segunda temporada.




Orgânicos, Funcionais, Transgênicos e Termogênicos: conheça as diferenças entre os alimentos.

Com a crescente procura pela boa forma aliada à saúde, diversas nomenclaturas ligadas aos alimentos surgem, e podem confundir o seu paciente.


A busca por um estilo de vida saudável começa por uma alimentação balanceada. Para falar sobre a diferença entre os alimentos orgânicos, funcionais, transgênicos e termogênicos, o GEN conversou com a nutricionista Joiciara Garcia Caroni, que explica o assunto aqui no blog.


Alimentos orgânicos      
Foto: Fabio Mangabeira
 

Segundo a nutricionista, alimentos orgânicos são produzidos sem o uso de defensivos agrícolas, e todos eles são obrigados a possuir um selo de certificado constando “produto orgânico” no rótulo. Para isso, 5% dos ingredientes contidos no alimento devem ser considerados não orgânicos, e descritos pelo produtor.  No início deste ano, o Governo Federal criou o selo de identificação do “Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica", a fim de controlar a produção e comercialização dos produtos orgânicos nacionais.

Alimentos funcionais são nutritivos e oferecem vários benefícios à saúde

Alimentos funcionais são aqueles que, além de fornecerem nutrientes, têm propriedades benéficas ao organismo. É importante que tais substâncias estejam presentes em quantidades suficientes e adequadas (sem excessos!), para produzir o efeito fisiológico desejado, como por exemplo ômega 3, ácido linoleico, polifenóis, etc. Pesquisas  relacionam o consumo desses alimentos à prevenção de doenças cardíacas, câncer, envelhecimento, problemas intestinais e até sintomas da menopausa.

Já os alimentos funcionais modificados geneticamente sofrem alterações no seu código genético, sendo inseridos genes provenientes de outro organismo. Esse procedimento pode ser feito até mesmo entre organismos de espécies diferentes (inserção de um gene de um vírus em uma planta, por exemplo). O procedimento pode ser realizado com plantas, animais e micro-organismos. 

São alguns exemplos: soja, linhaça, nozes, aveia integral, peixes, chá verde, alho, maçã, manga, cenoura, abóbora, tomate, entre outros.


Alimentos termogênicos aceleram o metabolismo

Os alimentos termogênicos apresentam maior nível de dificuldade na digestão, pois o organismo necessita de maior quantidade de energia e caloria para realizar o processo. Tais alimentos induzem o metabolismo a trabalhar com ritmo acelerado, gastando assim, mais calorias. Considerados termogênicos,  alimentos e bebidas como gengibre, canela, café, mate, pimenta e chá verde aceleram o metabolismo e induzem à perda de peso.

Mas qual seria o mais indicado para uma alimentação saudável? Para Joiciara, em relação aos alimentos modificados geneticamente há poucas pesquisas que provem seus malefícios ao organismo, mas ela não tem dúvidas que os melhores alimentos para consumo são os orgânicos, pela isenção de agrotóxicos (grandes causadores de neoplasias), apesar da aparência robusta e preços superiores. Os termogênicos, diz a nutricionista, devem ser consumidos com cautela e sempre com orientação da nutricionista, pois todo excesso acarreta prejuízos ao organismo.

E será que existe algum alimento mais nutritivo? “Vai depender da sua forma de preparo. Sabemos que pela cocção se perde muitas vitaminas e minerais. Por isso,  a melhor forma a ser consumida é in natura. Claro que devemos avaliar individualmente cada tipo de alimento. Em alguns casos, o cozimento é necessário para eliminar fatores antinutricionais. Um exemplo é o efeito tóxico do ácido oxálico no organismo, que deve-se à formação de oxalato de cálcio na urina e ao aumento do risco de formação de cálculos renais, além de diminuir  a disponibilidade do cálcio para realização de numerosos processos fisiológicos. O oxalato está presente em grande quantidade nos alimentos de origem vegetal, sendo o espinafre e o ruibarbo considerados alimentos de alto risco, pois apresentam grande concentração de oxalato biodisponível", explica.




Nutricionista Joiciara Garcia Caroni


Formada pela  FUNECFaculdades Integradas de Santa Fé do Sul, é responsável pelo Serviço de Nutrição e Dietética e parte Clinica na Área Hospitalar do Hospital São Lucas  - Fundação Luverdense de Saúde, em Mato Grosso (MT)

Leitura do Mês:

Nutrição Clínica - Bases para Prescrição



O ser humano passa por diferentes fases durante sua existência e cada uma delas apresenta características próprias que nos tornam únicos. Desde o momento da fecundação, a nutrição é um elemento básico para a manutenção da vida, que requer quantidade e qualidade adequadas de nutrientes.


Organizado pelas nutricionistas Nelzir Trindade Reis e Larissa Calixto-Lima, Nutrição Clínica - Bases para Prescrição traz os conceitos fundamentais desta área de atuação e tem como objetivos, entre outros: manter ou recuperar o estado nutricional do indivíduo; prevenir as alterações nutricionais e/ou outras enfermidades; contribuir para o tratamento de patologias ou curá-las; contribuir para que o agente medicamentoso tenha sua ação plena, mais rápida ou não, de acordo com a necessidade do indivíduo; evitar as alterações nutricionais e/ou patológicas decorrentes do uso dos diversos tipos de fármacos, e promover a educação nutricional

O diferencial desta publicação é a inédita abordagem, ampla e completa dos métodos de avaliação nutricional, além da proposta do diagnóstico nutricional conclusivo.

A médica e nutricionista Nelzir T. Reis explica o que a motivou a organizar a obra:"Sempre tive a vontade de escrever o livro sobre a prescrição. Na década de 90, quando publicamos o livro sobre Hipertensão, essa luz se acendeu mais forte. Conversamos com a Editora Rubio que mostrou interesse em publicar o livro e  contactamos colegas para colaborarem. Finalmente, conseguimos organizá-lo em conjunto com Larissa Calixto-Lima, tendo como revisora técnica Monique Bitteti Pedruzzi. Paralelamente, publicamos os livros: Nutrição Clínica- Sistema Digestório em 2003; Nutrição Clínica-Alcoolismo (coautoria com Claudia dos Santos Cople) em 2003; de Nutrição Clínica-Interações em 2004 e o de Interpretação de Exames Laboratoriais aplicada à Nutrição Clínica (organização em conjunto com Larissa Calixto-Lima) em 2012".

O livro apresenta os fundamentos da conduta dietoterápica tomando por base:

*O diagnóstico, o quadro clínico e as complicações apresentadas pelo paciente;
*Os fármacos em uso e suas interações com os nutrientes, bem como seus efeitos colaterais;
*Os dados da avaliação nutricional criteriosa com o objetivo de detectar deficiências nutricionais em estágios precoces e proporcionar dados para o planejamento da conduta dietoterápica;
*Os objetivos do tratamento dietoterápico para o paciente em questão;
*As modificações físicas e químicas que os alimentos podem sofrer, assim como os métodos de alimentação;
*Os vários tipos de fórmulas disponíveis para se eleger a mais adequada para o paciente;
*Os fatores emocionais (medo e ansiedade), psicológicos (negação, regressão e racionalização), patológicos (expectativa de vida) e sociais (vida inativa e discriminação social).

Onde encontrar: http://bit.ly/1wFPHA9


Sobre as Organizadoras:


 Nelzir Trindade Reis

Nutricionista e Médica. Coordenadora de Nutrição Clínica do Ambulatório 20 (Clínica Médica, Endocrinologia e Nutrição) da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Professora Adjunta de Nutrição Clínica da Universidade Veiga de Almeida (UVA), RJ. Acadêmica Titular da Academia Brasileira de Administração Hospitalar (ABAH).


Larissa Calixto-Lima



Nutricionista da Unidade de Cuidados Paliativos do instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA-HC-IV), RJ. Mestranda em Nutrição pelo Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Especialista em Nutrição Clínica (Cirurgia Geral e Transplante Hepático) e Especialista em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral.