Festas de final de ano x alimentação saudável. É possível!
Com a chegada das festas e confraternizações de final de ano, chegam também os deliciosos pratos típicos dessa época e, junto com eles, as calorias. Sonja Salles, nutricionista, diretora do portal NutriNew e autora do livro Transforme receitas tradicionais em delícias saudáveis e ganhe saúde, que dedicou um capítulo às ceias de Natal e Ano Novo, explica que é possível ter uma ceia saborosa mas de uma forma mais benéfica à saúde.
Para Sonja, o segredo de uma alimentação mais saudável nesta época está na troca dos ingredientes da receita tradicional e também no modo de preparo: “Podemos ter uma ceia completa de Natal e Ano Novo, com receitas tradicionais, porém mais saudável sem perder o sabor”, diz.
Ela explica que nenhum prato pode ser consumido à vontade e sim com moderação. Sonja também alerta para os alimentos fritos. “Bolinho de bacalhau e rabanada fritos são uma grande fonte de gordura saturada, que em excesso é responsável pelos problemas cardiovasculares, além de serem verdadeiras bombas calóricas. Trocando a forma de preparo, por exemplo, assando no forno, esses símbolos das festas de final de ano ficam muito mais saudáveis e, na minha opinião, mais saborosos”, completa a nutricionista.
Uma sugestão, segundo ela, que agrada muito é preparar saladas tropicais com folhas, frutas e molho à base de iogurte, um toque refrescante para as noites quentes de dezembro, podendo ser consumidas sem culpa.
Sobre o período pós-festas, se houver abusos e excessos, Sonja recomenda uma alimentação Detox (alimentos que ajudam a limpar/desintoxicar o organismo) com uma semana de alimentação vegetal, com frutas, legumes, cereais e grãos, além de muita água. “Isso ajuda o organismo a se reequilibrar depois dos excessos e preparar o corpo para o ano que se inicia”, finaliza.
Receitas de Sonja Salles disponibilizadas com exclusividade para o GEN
Bolinho de Bacalhau de Forno
Ingredientes
250g de bacalhau seco
150g de filé de pescada
2 batatas médias cozidas e amassadas
1 colher (chá) de azeite de oliva
1 cebola ralada
2 claras
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de salsa picada
1 colher (chá) de azeite de oliva para untar
Preparo
Deixe o bacalhau de molho em água por 24 horas, em um recipiente grande e na geladeira, trocando a água várias vezes. Passado esse tempo, coloque o bacalhau em um processador com o filé de pescada e bata, sem deixar moer muito. Misture as batatas com o preparado de peixes, o azeite, a cebola, as claras, a farinha de trigo e a salsa. Unte as mãos com óleo vegetal e faça bolinhas. Coloque em uma assadeira untada com o azeite e asse em forno preaquecido (180ºC) até dourar, por cerca de 30 minutos, virando na metade do tempo.
Rabanada de Forno
Ingredientes
3 pães franceses amanhecidos
1 xícara e ½ de leite desnatado
2 colheres de sopa de adoçante em pó de forno e fogão
3 ovos
1 colher de sopa rasa de farinha de trigo
¼ xícara de chá de sucralose de forno e fogão
½ colher de sobremesa de leite em pó desnatado
1 colher de sobremesa de canela em pó
Preparo
Molhar as fatias de pão no leite misturando com 1 colher de adoçante e deixar descansar por 20 minutos. Bater as claras em neve, acrescentar as gemas uma a uma e depois adicionar a farinha de trigo e 1 colher de sopa de adoçante. Passar o pão molhado nas claras batidas e assar em uma forma forrada com papel Asse Bem ou próprio para assar em forno alto 250ºC. Ainda quentes, passar as rabanadas em uma mistura de sucralose, leite em pó desnatado e canela.
Farofa de Cereais
Ingredientes
2 colheres de sopa de farinha de mandioca
1 colher de sopa de farelo de trigo
1 colher de sopa de gérmen de trigo
1 colher de sopa de azeite ou óleo
2 ameixas pretas
Temperos à vontade
Preparo
Refogue os temperos como cebola, salsa, cebolinha no azeite e a seguir misture o restante dos ingredientes.
Todas as receitas acima fazem parte do livro Trocas inteligentes.
Sobre o Livro
Trocas inteligentes: transforme receitas tradicionais em delícias saudáveis e ganhe saúde, de Sonja Salles, transforma 90 receitas consagradas em delícias saudáveis. Em 2013 o livro ganhou o 6o lugar no prêmio Jabuti na categoria Gastronomia.
Leitura do mês
O livro CARDÁPIOS - TÉCNICAS E PLANEJAMENTO, de Rejane Teixeira Mendonça, traz informações práticas e dados técnicos para elaboração e planejamento de cardápios nas diversas áreas atendidas pelas ciências da Nutrição e da Gastronomia, seja nos âmbitos institucional ou privado ou em food services. Apresenta informações valiosas para aquisição de conhecimentos relativos à história da alimentação, das cozinhas e dos restaurantes, e, a cuidados essenciais para implementação da segurança alimentar e nutricional. Alguns temas abordados são polêmicos tanto para profissionais quanto para consumidores, como a reciclagem do lixo composto por descartes de alimentos e embalagens, que contaminam e agridem o planeta.
O livro aborda também a comida orgânica, os aspectos relativos à gestão, aos serviços técnicos e ao planejamento de cardápios de excelência, conhecimentos culinários básicos, assim como o reconhecimento e a valorização da educação nutricional.
Sobre a autora
Rejane Teixeira Mendonça é graduada e licenciada em Educação e Nutrição pela Associação Santanense Pró-Ensino Superior (Aspes), pós-graduada em Gestão Educacional, pela Uninter, especialista em Marketing para Consumo deAlimentos, pela USP. Docente no Senac, nos cursos de Nutrição e Hotelaria. Prestadora de serviços de Educação Nutricional em várias empresas.
Alimentação no Brasil, do Descobrimento à República
Quando falamos de comida tipicamente brasileira, logo lembramos da famosa feijoada, mas a história da alimentação começa antes da chegada dos portugueses. Com a fusão do povo indígena, português e africano, o costume alimentar do brasileiro começa a traçar a história.
Alimentação indígena – desde os primórdios de uma nação
Antes de o Brasil ser descoberto e colonizado pelos portugueses, a mandioca e o palmito já eram consumidos por aqui. O povo indígena se alimentava à base de peixe, frutas e a mandioca sempre estava presente. Além da mandioca e do palmito, que deixaram os portugueses loucos, ressalta-se também crustáceos, caças, moluscos, pimentas amarela e vermelha, abóbora e o caldo de peixe.
No costume indígena, nas refeições, a caça era assada e o peixe era assado ou cozido.
A mulher cozinhava e o homem caçava. Já as bebidas eram preparadas pelas mulheres que utilizavam a mandioca para fazer o líquido e depois o enterravam para que fermentasse e ganhasse teor etílico. Essa bebida era conhecida como caxiri ou caissuma.
As frutas mais sumosas eram comidas, e não espremidas, exceto quando era para a finalidade de produzir vinhos, que eram feitos à base de jenipapo, ananás e caju.
O índio não conhecia a cana-de-açúcar, que só veio com a colonização, mas usava o mel de abelhas, que existia em abundância em nossas matas.
O sal era retirado da vegetação e não da água do mar. Os índios queimavam os troncos das palmeiras até se transformarem em cinzas que então eram fervidas para obter o sal, de cor parda.
Alimentação portuguesa – chegada do azeite de oliva
Dá para imaginar um Brasil sem mangueira, sem jaqueira, sem fruta-do-conde? Aqui era assim antes dos portugueses.
Além disso, trouxeram também o poejo, agrião, couve, cebola, alho, coentro, salsa, e as sopas já podiam ser feitas com abóbora, nabo, repolho e berinjela, adicionando o azeite de oliva vindo de Portugal, e com esse novo mundo riquíssimo em legumes e vegetais trazidos pelos colonizadores durante o século XVI.
O povo português foi quem teve contato com o açúcar sob o domínio árabe, pois os bolos de mel e o alfenim eram de competência deles. A doçaria em Portugal, à base de mel, já existia há muito tempo, era centenária quando o açúcar apareceu.
Mas essa adaptação aos costumes alimentares da colônia não impediu que os portugueses procurassem introduzir produtos do além-mar, como gado, cereais, trigo, aves, couves, alfaces, pepinos, abóboras, lentilhas etc.
Alho, cebola, cominho, coentro e gengibre são heranças das primeiras hortas lusitanas em terras tupiniquins.
Alimentação africana – os escravos que aqui chegaram
Jamais saberemos o número exato e as origens dos africanos que chegaram ao Brasil. Sabe-se, porém, que boa parte dos escravos era de herdeiros de grandes impérios negros; desde a arte da guerra às artes plásticas, trabalhando metais, tecendo e esculpindo, tinham conhecimento do gado, da domesticação de animais e até de técnicas de irrigação.
Os negros faziam farinha, já conhecida pelos tupis brasileiros. Comiam o milho sempre cozido, em forma de papa, angu ou fervido com leite de vaca, em preparo semelhante ao atual mungunzá.
A banana foi a maior contribuição africana para a alimentação do Brasil, em quantidade, distribuição e consumo. Da África vieram ainda a manga, o arroz, a cana-de-açúcar.
O coqueiro e o leite de coco, aparentemente tão brasileiros, também vieram do continente africano, bem como o azeite de dendê.
Os negros trouxeram para o país a pimenta africana, cujo nome localizava a origem, Malagueta.
Fonte de pesquisa:
A alimentação no Brasil Colônia
Lilian Maria de Siqueira Lopes
http://www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/49596.pdf
Alimentação e cultura
NUT/FS/UnB – ATAN/DAB/SPS
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentacao_cultura.pdf
Sugestão de Leitura
Farinha, feijão e carne-seca | Um tripé culinário no Brasil colonial de Paula Pinto e Silva - Em texto fluente e agradável, a autora nos leva, pelos trilhos da antropologia, à cozinha da sociedade colonial, onde ingredientes indígenas, negros e brancos se misturam para espessar o caldo da cultura alimentar brasileira. Esse livro contribui para uma percepção mais profunda do papel da gastronomia no estudo da cultura de um povo. Gourmand World Cookbook Awards 2005 - Melhor Livro de História da Gastronomia.
Leitura do Mês
O livro Nutrição Contemporânea – Saúde com Sabor traz informações precisas e verdadeiras, com ferramentas práticas para quem quer encarar o desafio de emagrecer sem contar com milagres ou artifícios. Misturando em doses equilibradas a ciência e a prática, as informações de cada capítulo devem interessar, com certeza, a nutricionistas, a médicos e a qualquer um que pretenda tratar com seriedade a própria alimentação.
Sobre as autoras
Marcela
Paranhos Knibel
Especialista em Nutrição Clínica pelo
Instituto de Nutrição da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, Nutricionista Esportiva pela Universidade
Gama Filho – RJ e Mestre em Fisiopatologia Clínica e
Experimental – FISCLINEX – Univesidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.
Dora Cardoso
de Assis
Formada em Turismo pela UniverCidade –
RJ e em Gastronomia pela Universidade Estácio de Sá – RJ.
Culinária infantil é diversão na certa
No ramo de gastronomia, os cursos de
culinária infantil têm ganhado cada vez mais espaço e, em comemoração ao mês da
criança, o Grupo Executivo de Nutrição (GEN) traz uma entrevista especial com Ingrid Hoppe, da Gourmet Mania,
empresa de bufê e eventos que desde 2010 ministra aulas de culinária para
crianças. A equipe da Gourmet Mania é formada por profissionais de gastronomia
e nutrição.
Grupo
Executivo de Nutrição (GEN): O curso de culinária infantil pode ajudar a
mudar os hábitos alimentares das crianças?
Ingrid
Hoppe (IH): Sim. É uma forma de elas comerem melhor, pois normalmente tudo
que elas fazem de comida, elas comem. Além de ser uma maneira de ficarem mais
independentes e se adaptarem ao mundo tão corrido dos pais.
GEN:
Com a correria do trabalho, como os pais devem proceder para garantir a
qualidade da alimentação de seus filhos?
IH:
Eles estão começando a entender que os filhos precisam se alimentar melhor e
que para isso é necessário alguém para cozinhar. Quem não sabe cozinhar, precisa
aprender a fazer pelo menos o básico e que as crianças podem participar e
ajudar na cozinha.
Minha proposta é que os pais que não gostam e
nem sabem cozinhar percam o medo e deixem os filhos chegarem até a cozinha. Essa
é uma forma de trabalhar a questão da alimentação saudável dentro de casa.
Existem muitas receitas que podemos fazer com as crianças e até mesmo mostrar
que o perigo existe sim, mas que com cuidado e supervisão elas podem colaborar.
GEN:
Agora fale um pouco sobre o curso oferecido pela Gourmet Mania voltado para
esse público.
IH: Um dos carros-chefe da Gourmet Mania são as “aulas-festas”. Vamos
às festas de aniversários, em colégios, eventos e ministramos aulas para grupos
a partir de 25 crianças. Em aproximadamente 3 horas elas se divertem preparando
o que vão comer (pizzas, cupcakes, sanduíches e miniporções), participando de
todo o processo de elaboração das receitas, desde o preparo das massas até a
decoração dos pratos. Todos os pequenos recebem um kit com avental e chapéu do
chef para entrarem no clima. Crianças a partir de quatro anos já podem
participar e as aulas são ministradas por chefs de cozinha com acompanhamento
nutricional. Elas não manuseiam facas e não têm acesso direto aos fornos ou
fogões e os ingredientes e cardápio são selecionados previamente pelos pais.
GEN:
Como tem sido a aceitação do curso? E a demanda?
IH:
A aceitação está sendo gradativa. A busca das crianças e também dos pais para os
cursos de culinária aumentou. Estamos no ramo há três anos e só em 2013 tivemos
aumento de 50% de alunos no nosso Espaço e também em aulas-festas.
Além das aulas-festas, o Gourmet Mania
oferece cursos presenciais no Espaço Carioca de Gastronomia em Botafogo, no
endereço Rua Teresa Guimarães, 26, Botafogo, RJ. Informações: www.gourmetmania.com.br
.
Segue uma receita especial de espetinhos de
frutas com chocolate, enviada pela Ingrid, para que as crianças, com ajuda dos
seus pais, possam fazer e que, além de nutritivos, são deliciosos.
Espetinhos de frutas com chocolate
Rendimento aprox. 20
unid.
Ingredientes:
1 caixa
de morangos
2
carambolas
3 kiwis
200g de
uvas
200g de
chocolate ao leite ou meio amargo
Espeto
ou palitos para churrasco
Modo de Preparo:
Peça para um adulto deixar as frutas cortadas
e lavadas.
Pegue um espeto e vá colocando as frutas na
ordem que preferir, lembre de deixar bem colorido!
Novamente conte com a ajuda de um adulto para
derreter o chocolate, quebre o mesmo em pedaços pequenos, coloque em uma
vasilha que possa ir ao micro-ondas.
Leve ao micro-ondas por 30 segundos,
verifique se já derreteu, caso não coloque mais 30 segundos e vá aos poucos
acrescentando tempo, pois cada micro-ondas tem uma potência.
Com ajuda de uma colher vá colocando o chocolate no
seu espetinho ou se preferir mergulhe no chocolate!
Leitura do Mês
O livro Atendimento Nutricional em Cirurgia Plástica
aborda a relação do paciente com seu corpo; aspectos
psicológicos do paciente; conduta dietoterápica na cirurgia plástica, na
cirurgia plástica pós-bariátrica, na cirurgia reparadora ou de queimados e na
cicatrização; técnica dietética e gastronomia aplicadas à Nutrição; avaliação
dos exames bioquímicos; atuação fisioterapêutica em cirurgia plástica; e
educação nutricional em cirurgia plástica, com base em pesquisa clínica e
epidemiológica atualizada, realizada nos principais centros de pesquisa do
Brasil e do mundo.
Sobre as autoras
Vanessa Yuri Suzuki
Especialista em Nutrição Clínica e Estética pelo Instituto de
Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS), RS. Pós-Graduada em Nutrição Humana Aplicada
e Terapia Nutricional pelo Instituto de Metabolismo e Nutrição (IMEN), SP.
Aperfeiçoamento em
Pesquisa Científica em Cirurgia pela Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp). Professora Orientadora dos cursosde Pós-Graduação no IPGS,
RS. Atuação em
Nutrição Clínica (consultório particular). Consultora em Marketing Nutricional
(comunicação e material técnico-científico). Membro da Sociedade Brasileira de
Alimentação e Nutrição (SBAN). Diretora de Qualidade da Sociedade Brasileira de
Nutrição Estética (SBNE).
Aline Petter Schneider
Doutora em Medicina e Ciências da Saúde pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Agronegócios pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora Adjunta do Curso
de Nutrição da UFRGS. Coordenadora da Empresa Júnior e Incubadora de Empreendimentos
em Nutrição da UFRGS. Pioneira na área de Nutrição Estética no Brasil.
Sócia-Fundadora do Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS), RS.
Autora dos livros Nutrição Estética (editora Atheneu) e Manual de
Atendimento em
Nutrição Estética (editora IPGS). Presidente da Sociedade
Brasileira de Nutrição Estética (SBNE).
Nutrição esportiva, uma área com oportunidades futuras
Com a Copa do Mundo e as Olimpíadas à
vista, uma área da nutrição ganha destaque, a nutrição esportiva. Área que a
princípio pode parecer restrita, mas, com especialização, é possível sim a
atuação nesse mercado, quem afirma é a nutricionista Silvia Ferreira, que
atualmente trabalha no Clube de Regatas do Flamengo, desde 1985, e faz parte da
Comissão Técnica da Seleção Brasileira.
Na Copa das Confederações, que aconteceu
em junho último, Silvia foi responsável pela alimentação de todos os atletas da
seleção brasileira e elaborou todos os cardápios dos jogadores.
Sobre o nutriente mais importante para o
consumo dos atletas, principalmente os que trabalham com esportes de
resistência, Silvia afirma que o carboidrato é um dos nutrientes mais necessários.
“Em uma dieta, o mais importante no cardápio dos atletas é conter carboidrato,
mas eles muitas vezes optam por proteína. Para os jogadores, carboidratos têm
fama de engordar, mas, se balanceado com um cardápio correto, o rendimento do
atleta será muito bom”, completa.
Sobre alimentos proibidos, a
nutricionista diz: “Não existem alimentos proibidos, mas caso algum deles tenha
problema em relação ao peso, tenho que ser mais rigorosa com os doces fazendo
substituição sempre por frutas”.
Com a chegada de grandes eventos
esportivos ao país, Silvia alerta para o crescimento do mercado de trabalho. “A
tendência é que as oportunidades para nutrição esportiva aumentem a cada dia. E
não é somente no futebol de base ou no profissional. Não podemos esquecer do
remo, natação, vôlei, basquete, entre outros.”
Para terminar, a nutricionista deixa uma
dica aos alunos de nutrição que pretendem atuar nessa área. “Nas graduações,
essa área da nutrição esportiva não é muito enfatizada. Os alunos que gostam
desse segmento devem procurar uma pós-graduação ou curso de especialização”,
finaliza.
Leitura do mês
Guia Alimentar para
Crianças
Organizadoras: Roseane Moreira Sampaio Barbosa, Luciléia
Granhen Tavares Colares e Eliane de Abreu Soares.
A Educação Nutricional representa um desafio tanto para os profissionais
de educação quanto para os nutricionistas. No que diz respeito ao consumo
alimentar, mudar o comportamento é tarefa reconhecidamente difícil. Sendo
assim, o ideal é que se criem hábitos saudáveis a partir da alimentação
complementar, aquela que se inicia após o período de aleitamento materno,
conforme se preconiza neste Guia
Alimentar para Crianças de 2 e 3 Anos.
Os guias alimentares são importantes ferramentas para auxiliar
educadores, no âmbito escolar ou na área de saúde, cuidadores de crianças no
domicílio e na creche, e nutricionistas, além de mães e pais na tarefa de
tornar mais saudável a alimentação das crianças. Esta obra aborda os
pressupostos para a elaboração de guias alimentares de modo geral, sem deixar
de considerar as especificidades quando esses são dirigidos para crianças,
levando em conta as peculiaridades dos guias de diversos países.
NutriGEN 2013 Painel é sucesso
Evento
teve como tema principal “Alimentos funcionais”
No dia 20 de agosto aconteceu o NutriGEN 2013 Painel. Idealizado pelo
Grupo Executivo de Nutrição (GEN) e organizado pela AG Rio, o evento reuniu
estudantes, profissionais de nutrição e gastronomia que acompanharam uma
maratona de palestras e visitaram a exposição de fornecedores de produtos e
serviços da área de alimentação.
Ceci Santiago,
presidente do GEN, abre o evento
Tendo como pilar central o tema
“Alimentos funcionais”, o NutriGEN 2013
Painel apresentou café, chocolate, azeite e vinho, alimentos funcionais cada
vez mais apreciáveis no contexto brasileiro, harmônicos entre si, que
contribuem para a manutenção da saúde e
redução do risco de doenças.
As boas-vindas foram dadas pela presidente do GEN,
Ceci Santiago, “Agradeço a presença de todos e em especial aos patrocinadores,
apoiadores e expositores que, com sua parceria, vêm viabilizando o NutriGEN
desde sua primeira edição em 2006” .
Flávia Quaresma (azeite), Célio Alzer (vinho), Emerson
Nascimento (café) e Carlo Möckli (chocolate) foram os palestrantes que
abrilhantaram o evento com toda sua experiência.
Cerca
de 250 pessoas acompanharam as palestras
“Conhecer a parte nutricional dos alimentos
mudou a minha cozinha”
Na primeira palestra do evento, “Azeite de
oliva de qualidade: a mais antiga e inovadora fonte de benefícios para a
saúde”, Flávia Quaresma começou falando sobre a
história, os tipos de azeitonas e azeites disponíveis no mercado e sua
importância para a saúde e para a gastronomia.
Segundo Flávia, o
melhor azeite para o consumo é o virgem, pois é considerado “o suco fresco de
uma fruta”.
Ela falou também
sobre o tabu de que alimentos fritos com azeite podem ser prejudiciais à saúde.
“Essa história começou com os grandes produtores de óleo, pois eles precisaram
vender seus produtos à base de sementes, por isso, começaram a divulgar que a
ingestão de alimentos fritos com azeite poderia levar até a morte”, afirma
Flávia, que hoje, em sua casa, só utiliza azeite até para fritar alimentos.
Para a produção de
um bom azeite está envolvida uma série de fatores, como: ar, temperatura, luz e
água.
Sobre o evento, Flávia
disse que gostou muito da aproximação da gastronomia com a nutrição e destacou
a importância que a nutrição tem para outras profissões. “Conhecer a parte
nutricional dos alimentos, mudou minha cozinha”, finaliza.
“Consumir vinho no Brasil ainda é luxo e
moda”
Na segunda palestra
do NutriGEN, Célio Alzer abordou o tema “Vinho, muito prazer”. Ele explicou tudo
sobre essa bebida, como os vinhos são tão diferentes de uma região para outra,
o ambiente propício para cada um, as maiores regiões produtoras etc.
Sobre os vinhos
brasileiros, Célio afirmou que os preços ainda são altos devido aos impostos
que são cobrados às empresas produtoras, encarecendo o produto final. Para ele o
governo também precisa olhar a bebida como parte da alimentação e não como
produto de luxo. “Na Europa o vinho faz parte da alimentação da população e
aqui no Brasil ainda é considerado bebida de luxo, um modismo. Muitos ainda não
têm conhecimento do benefício à saúde que o vinho traz.” afirma.
Para finalizar,
Célio também ressaltou a importância do NutriGEN, acrescentando que “Muitas
pessoas que trabalham com gastronomia não têm conhecimento de nutrição. Todas
as áreas de alimentação devem sempre andar em conjunto”, finalizou Célio.
Durante o coffee break, no intervalo das
palestras, o público visitou a exposição de fornecedores de produtos e serviços
na área de alimentação, entre eles a Aberc, Delícias do Forno, Rio Quality,
Casa Madeira, Fazenda Verde, Alimentação Legal, Brasfrut, Gomes da Costa, Sucos
Spres, Golden Food, Câmara Italiana, Lifepel, Fercilac, Plastlab, Só Peixe,
Estilo Uniarte, GEN e Livraria Rúbio.
“40% do café no mundo vem do Brasil”
Com essa frase
Emerson Nascimento começou a terceira palestra do dia. Com o tema “O que é
café”, o barista explicou tudo sobre os tipos de grãos, o processo da fase de
amadurecimento e também ensinou a melhor maneira de fazer um café em casa, a
importância de como condicionar o café em grão e moído e a quantidade e
temperatura correta para degustar um bom café.
Sobre o seu
trabalho, Emerson, que já foi ajudante de cozinha e bartender, é muito feliz e realizado no que faz. Hoje ele é
especialista em Latter Art (desenha o
café com leite).
“O café surpreende
sempre. É uma bebida que deixa as pessoas felizes, remete a lembranças da
infância e ainda é uma bebida que reúne. Na maioria das vezes as melhores
conversas vêm quando sentamos para tomar um café. Além disso, tomado na
proporção e da forma correta, o café é muito nutritivo”, finaliza o barista.
Chocolate: “O que a Suíça produz em um ano
o Brasil produz em um dia”
A última palestra
do evento foi “O misterioso e mágico cacau”, por Carlo Möckli. O chef falou da importância do cacau e explicou como é o processo de fruta para o chocolate.
Carlo falou sobre o
processo para fazer um bom chocolate. Um bom chocolate pode levar até sete
dias. Na Suíça, o chocolate passa por um processo especial de fabricação, sendo
considerado um dos melhores chocolates do mundo. No Brasil, essa produção é em
larga escala e o chocolate, principalmente no cozimento do cacau, perde sua
qualidade.
Carlo que além de
mestre pâtissier, chocolatier e consultor, também é engenheiro de
alimentos, destacou a importância do cacau como fruta, e orientou sobre o tipo
de chocolates existentes no mercado. “Normalmente os chocolates ao leite têm um
teor muito alto de açúcar, então, as melhores opções são os chocolates com 70%
de cacau (amargo), pois são melhores que os chocolates ao leite”, encerra o chocolatier.
A
presidente Ceci Santiago entrega um dos prêmios sorteados
Ao final das
palestras, Ceci Santiago sorteou brindes oferecidos pela Plastlab, dois livros
da Editora Rúbio, um curso da Alimentação Legal e ainda um curso a distância da
IPGS. Em seguida todos os participantes do evento (público, patrocinadores e
expositores) confraternizaram durante um coquetel, com degustação de produtos
fornecidos pelos expositores e patrocinadores do evento, tais como, sucos
variados da Sucos Spres, biscoitos da Família Krause, salgados da Delícia do
Forno, queijo da Primus Alimentos e pastas e saladinhas da Gomes da Costa, ao
som do músico Dilson Ramos.
NutriGEN 2013 - Painel apresenta azeite, vinho, café e chocolate
O tradicional evento do Grupo Executivo de Nutrição (GEN) já tem data para acontecer em 2013: 20 de agosto.
Essa edição terá um formato diferente, haverá uma maratona de palestras e uma exposição apenas com os patrocinadores do evento, a Feira de Negócios no seu formato original, será ampliada e passará a ser bienal.
São esperadas 300 pessoas no NutriGEN 2013 - Painel para assistir a quatro palestras abordando os seguintes temas: azeite (com Flávia Quaresma), vinho (com Célio Alzer), café (com Emersom Nascimento) e chocolate ( com Carlo Mockli). Esses alimentos foram escolhidos por serem cada vez mais funcionais e apreciáveis no contexto brasileiro. O azeite, o vinho, o café e o chocolate contribuem para a manutenção da saúde e a redução do risco de doenças. Pensando nesse contexto de funcionalidade e harmonia, o NutriGEN 2013 - Painel, traz esses alimentos, como pilar central do evento.
Estudantes e profissionais das áreas de gastronomia, nutrição e alimentação já podem fazer a sua inscrição no site. Os valores são de R$ 30 e R$ 50, respectivamente.
Informações e inscrições: www.nutrigen2013.agcom.com.br
Serviço:
Dia 20 de agosto, de 14h30 ás 20h
Local: FIRJAN (Av. Graça Aranha, 112, 2°andar - Centro de Convenções - Centro - Rio de Janeiro)
Metrô Cinelândia
Ingresso: R$ 30 (estudante) e R$ 50 (profissional)
Informações e inscrições: www.nutrigen2013.agcom.com.br
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Leitura do Mês
Psicobiologia do Comportamento Alimentar Sebastião de Sousa Almeida/ Telma Maria Braga Costa/Maria Fernanda Laus/Gisele Straatmann
Com o objetivo de reunir em uma mesma obra pesquisadores brasileiros que fazem uma análise do comportamento alimentar de um ponto de vista psicobiológico, ou seja, observando o comportamento resultante da interação de fatores biológicos e comportamentais, Psicobiologia do Comportamento Alimentar vem suprir a carência de uma publicação que aborde o comportamento alimentar como uma área de conhecimento interdisciplinar.
Fatores fisiológicos e neuroquímicos foram praticamente os únicos a explicar o comportamento alimentar antes que o avanço da ciência do comportamento permitisse o acréscimo de outros fatores que também participam do ato de se alimentar, como motivação, emoção, aprendizagem, percepção sensorial, apetite e saciedade. Esse fato demonstra que o comportamento alimentar é, por excelência, uma área multidisciplinar, mas, sobretudo, uma área do conhecimento interdisciplinar, que precisa da relação entre as disciplinas para um melhor desenvolvimento.
Sobre os autores
Sebastião de Sousa Almeida
Doutor em Farmacologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da Universidade de São Paulo (USP). Professor Titular de Psicobiologia do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, no campus Ribeirão Preto.
Telma Maria Braga Costa
Professora Doutora de Nutrição da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), Ribeirão Preto, SP
Maria Fernanda Laus
Doutoranda em Ciências (área de Psicobiologia) e Mestre em Ciências (com ênfase em Psicologia) pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), no campus Ribeirão Preto.
Gisele Straatmann
Doutora em Ciências (área de Psicobiologia) pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), no campus Ribeirão Preto.
Mantenha sua pele hidratada
Nutricionista Flávia Silva dá dicas de alimentos que podem
manter sua pele bem hidratada no inverno.
O inverno está aí e com ele vem junto o
ressecamento da pele. Com temperaturas mais baixas e tempo seco, a pele fica
mais sensível e ressecada especialmente em áreas como rosto, mãos e pés. Sobre
esse tema, a professora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera Unipli,
Flávia Silva, traz uma série de informações importantes aos cuidados da pele em
entrevista ao Blog GEN.
Grupo Executivo de Nutrição: Quais são os alimentos campeões que
ajudam a hidratar a pele?
Flávia Silva: O tomate e a couve manteiga são grandes
atores na conquista de uma pele hidratada. Isso porque tanto a fruta quanto a
folha possuem mais de 90% de água em sua composição. A inclusão desses dois
alimentos auxilia na conquista de uma pele bem nutrida. Além de fibras, a couve
possui cálcio, magnésio, fósforo, potássio, niacina e vitamina C. Já o tomate
oferece nutrientes como o potássio, fósforo, vitamina A e vitamina C e é rico
em licopeno, poderoso antioxidante.
GEN: Quais outras frutas e legumes que possuem um ótimo teor de
água e também ajudam na hidratação?
Flávia Silva: Dentre as frutas com maior teor de
água, em torno de 80%, são a laranja, uva, kiwi, coco, tangerina, melancia,
pêra, morango, pêssego, abacaxi, framboesa e melão. No caso dos legumes destaco
o pepino, a abobrinha e a cenoura.
GEN: Agora falando em nutrientes, quais deles
são importantes para manter a pele nutrida no inverno?
F.S.: Os nutrientes essenciais para manutenção
da saúde da pele e, consequentemente sua hidratação, são os ácidos graxos
ômegas 3, 6 e 9. Estas gorduras têm como função manter a saúde da membrana de
todas as células, protegendo-as contra infecções e proporcionando-as fluidez e
hidratação. Suas fontes são os peixes de águas frias e profundas – anchova,
salmão e sardinha – a linhaça, azeite de oliva, frutos oleaginosos – castanhas,
nozes e amêndoas – ricos em
vitamina E , ômegas 3 e 6 e antioxidantes.
Todos esses nutrientes atuam na integridade do tecido epitelial.
GEN: Quais alimentos que tem função inversa,
ou seja, não são recomendados e tem baixo teor de água promovendo o
ressecamento?
F.S.: Alimentos ricos em sódio têm um efeito
contrário, porque desidratam a pele. O seu consumo excessivo estimula liberação
de hormônios responsáveis pela diurese (liberação de urina), e consequentemente
a eliminação do sal em excesso do nosso organismo, como por exemplo,
preparações com excesso de sal e alimentos embutidos, (salsicha, presunto,
peito de peru, linguiça, mortadela, etc) enlatados e conservas (ervilha, milho,
azeitonas, palmito, etc).
GEN: E para pessoas que já possuem problema
com flacidez do tecido epitelial, existe alimentos que previnem e prorrogam
esse problema?
F.S.: Os alimentos fontes de vitamina C podem
ajudar, pois eles agem estimulando a produção de colágeno e a manutenção da
elasticidade da pele. Faz parte desse grupo a acerola, o limão, a
laranja, o morando e a tangerina.
Segue abaixo receita da
nutricionista Flávia Silva para manter sua pele em dia e nutrida.
Suco misto hidratante
1 kiwi
1 fatia de melão
1 xícara (chá) de água de coco
1 colher (sopa) de mel
Folhas de hortelã a gosto
Modo de preparo: Bater todos os
ingredientes no liquidificador. Não há necessidade de coar.
Para um melhor aproveitamento das
vitaminas, ingerir após o preparo. Caso necessite armazenar recomenda-se manter
em geladeira, em recipiente fechado, para que não haja perda excessiva de
vitaminas, por no máximo 3 horas.
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